Olá leitores! Eu (Leticia) e o meu grupo (Érika e Fabiano) ficamos responsáveis pelas postagens da semana. Decidimos compartilhar com vocês a resenha do livro Beta, que faz parte do nosso acervo. Eu já havia publicado ela há alguns dias no A Thousand Lifetimes, um blog em que eu e Joyce (outra autora do LLM) temos a honra de participar, junto com Dany, filha da nossa querida professora Zilma Martins.
Título/Título original: Beta/Beta
Autor: Rachel Cohn
Editora: iD
Ano de lançamento: 2014
Páginas: 288
Gênero: Distopia
Status: Livro em série
#1 Beta
#2 Emergent (EUA)
O livro “Beta” se passa em uma ilha paradisíaca, um lugar perfeito na qual todos gostariam de morar, mas apenas os mais ricos tem esse privilégio. Essa ilha, Demesne, se formou depois da Guerra das Águas. Ela foi arquitetada pelos homens mais ricos do mundo, incluindo Tariq Fortesquieu, pai de Tahir, um rapaz misterioso e atraente.
Elysia foi privilegiada com a oportunidade de morar nessa ilha, mas ela é um clone, e os clones foram criados para servir e não se divertir. Na verdade, os clones não se divertem, porque eles não têm sentimentos, já que não têm alma.
“Não nos falamos. O que haveria a dizer? O que...?”
Bem, pelo menos foi isso o que a Dra. Lusardi, responsável pela criação dos clones, incluindo a Beta, Elysia, disse a ela quando a garota emergiu aos 16 anos. Os humanos queriam clones perfeitos, para que fosse agradável conviver com eles. Mas, que tivessem características particulares, para que fossem identificados e diferenciados dos humanos, a classe superior. Por isso, todos os clones tem olhos da cor fúcsia, e uma tatuagem de flor-de-lis na têmpora direita. A têmpora esquerda é preenchida com uma tatuagem de acordo com a profissão que irá exercer.
Assim que sai da clínica, já com a habilidade da fala, um chip rastreador que monitora todos os passos dela e um chip com as informações necessárias para o convívio com os humanos, Elysia vai para uma loja que vende roupas e também clones, que ficam em exposição caso algum humano se interesse. Na loja, ela conhece Becky, uma Beta adolescente assim como ela, mas que, diferente de Elysia, não é bonita. Enquanto Elysia tem um corpo bonito e proporcional, um porte de atleta, olhos cor de fúcsia, cabelo longo e loiro, pele ligeiramente bronzeada (um clone perfeito), a Becky é baixinha e gordinha, com a pele amarelada, os olhos vermelhos e os cabelos crespos.
Mas Elysia não fica por muito tempo na loja. Uma mulher rica e elegante se interessa por ela, e logo a garota é vendida, e o papel dela será um pouco diferente. A Beta é comprada para “fazer parte da família” Bratton e substituir a sua filha Astrid que recentemente viajou para a Cidade de Bioma para estudar na universidade. A mulher que a compra, a Mãe, é casada com o Governador, e eles tem mais dois filhos: Liesel, uma garotinha doce de 10 anos, e Ivan, um rapaz que logo se tornará seu amigo. Ou pelo menos é nisso que Elysia acredita. Na verdade, ela facilmente acredita em tudo o que lhe dizem, em todas as informações que são passadas a ela.
Porém, com o tempo, Elysia percebe que é diferente dos outros clones. Ela começa a ter visões do homem por quem sua Matriz, Z, era apaixonada, isso definitivamente não deveria acontecer, ela não deveria ter memória. Outra coisa que a diferencia é que a Beta consegue sentir gosto. Sim, ela tem paladar. E ela sabe o que isso significa. Elysia é uma defeituosa.
“ - Você sabe que me pertence, Z”
Enquanto isso, ela se enturma ao grupo de amigos do seu ‘irmão’ Ivan. E, a partir daí, começa a perceber que Demesne não é tão perfeita assim. Os jovens de lá, inclusive Ivan, costumam se drogar, numa busca excessiva pela sensação de prazer e satisfação: a raxia (uma droga “criada” pela autora do livro). Entre os amigos de Ivan, Tahir, chama a atenção da Beta. Mas o garoto esconde um segredo. Aliás, todos naquela ilha aparentam esconder um segredo, inclusive Elysia.
“Eles tem algo a esconder. Eu tenho algo a esconder.”
Então, essa foi a minha primeira experiência com uma distopia. Eu estava louca para ler um livro seguindo esse estilo, devido as grandes indicações que me foram dadas. O livro é bem introdutório, até a metade, quando as coisas começam a “pegar fogo”.
Beta aborda temas bem chocantes, como o estupro e as drogas, como já havia citado. A história tem bastante romance, talvez até um pouco mais do que eu esperava em um livro desse gênero. Mas, não foi algo que me incomodou, já que romances são “a minha praia”.
A história é narrada em primeira pessoa, e foi como se eu estivesse sendo apresentada ao mundo junto com a protagonista, Elysia. Ponto positivo para a autora que, aliás, tem uma escrita bem agradável.
Quanto à revisão do livro, encontrei alguns erros de pontuação, mas nada que atrapalhe o entendimento. A estética do livro é bem bonita, mas bem feminina também. A capa lilás remete à cor do mar em Demesne. A flor-de-lis está sempre na abertura dos capítulos, isso me encantou muito.
O final desse livro é bem chocante. Para mim, foi como se tudo o que eu acreditava se revelasse uma mentira meu Deus, que drama. A história acaba em um cliffhanger, que me deixou em uma mistura de choque, surpresa, raiva e ansiedade. Agora, é só esperar o segundo livro da série. Choremos até lá.
Ps: Para conferir a resenha no blog ATLT, clique aqui.