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domingo, 30 de agosto de 2015

Inclusão na educação: deficiência visual

Olá pessoal ! Estamos aqui mais um vez, eu (Joelma) e minha equipe (Cecilia e Ellen), dessa vez começaremos nossas publicações com uma entrevista. O entrevistado da semana é  Carlos Abreu, deficiente visual que é funcionário da SEC/BA, atuando na sala multifuncional do CEIN Colégio Estadual Idalice Nunes como Professor de Braille. Tendo em vista que é um trabalho muito relevante e que acontece em nossa escola, resolvemos compartilhar com vocês. Espero que gostem!

LLM: Carlos, conte-nos, resumidamente, a sua história ?

Carlos: Bem, eu perdi a visão com oito anos. Eu estava sendo alfabetizado na época, mas, depois de ficar cego eu parei durante 3 anos. Depois eu fui para Salvador, onde eu aprendi o braille. Lá eu estudei, concluí, e hoje estou de volta a Guanambi, lecionando aqui.

LLM: Qual influência ou importância teria este trabalho para as pessoas?

Carlos: O Hélio, que é um aluno meu, irá responder esta pergunta.

Hélio: Bom, isso sempre faz com que a pessoa se socialize, mostra que você não está excluído da sociedade. Dá uma liberdade a pessoa, isso ajuda bastante.

LLM: Quais são os principais desafios que você enfrenta para desempenhar o seu trabalho?

Carlos: Olha, na verdade, falta um pouco de apoio. Com os materiais, por exemplo, já melhorou muito.  Mas, ainda há dificuldades.

LLM: Como você se preparou para ser orientador desse trabalho?

Carlos: Como eu disse anteriormente, estudei e fiz alguns cursos na área de educação especial.

LLM: Há alguma coisa que poderia acontecer para que o seu trabalho tenha melhores resultados?

Carlos: Sim. Mais apoio dos nossos governantes.

LLM: Qual a abrangência do seu trabalho?

Carlos: Aqui eu ensino o braille, informática, treinamento em mobilidade, que ensina o aluno a se locomover nas ruas, e a se adaptar a essa nova vida.

LLM: E a escrita braile? Fale um pouco sobre ela.

Carlos: A escrita braille é de origem francesa, e foi inventado por Louis Braille em 1824, e implantado aqui no Brasil em 1855.

LLM: Que dificuldades você encontra no dia-a-dia?

Carlos: Dificuldade com a sociedade, pois ela não está preparada para nos receber.

LLM: As ruas da nossa cidade oferecem infraestrutura  adequada para a mobilidade da pessoa com deficiência visual?

Carlos: Não oferece, encontramos muitos degraus, postes no meio das calçadas, carros estacionados nas calçadas, buracos, e muito outros empecilhos.

LLM: Quais os recursos usados por você na sala multifuncional?

Carlos: Temos a reglete, que é a máquina que escreve o braille e o computador com o sistema Dosvox, que é um leitor de tela.

Muito importante o 
trabalho de Carlos vocês não acham?

Desde já agradeço os apreciados comentários de vocês. Bye  bye ! 

Pedido concedido: meu nome em braile! Ai que tudo! 0/

2 comentários:

  1. Parabéns, equipe! É muito importante importante a divulgação de trabalhos como o que Carlos realiza na sala multifuncional do CEIN, pois com o resultado de trabalhos assim ganham todos os envolvidos: Carlos por compartilhar suas experiencias com outros deficientes visuais, os deficientes visuais por terem a oportunidade de aprenderem e assim se sentirem integrados, a comunidade CEIN por ter a oportunidade de interagir com esse trabalho, enfim a sociedade guanambiense por poder desfrutar dos benefícios desses trabalhos.
    Parabéns, Carlos pela responsabilidade e bons resultados do trabalho que realiza no CEIN!
    Até breve, galerinha e amigos!

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  2. Ótima reportagem. Parabéns à equipe pela iniciativa e a Carlos pelos esclarecimento do trabalho desenvolvido nessa área na Sala Multifuncional, pela superação e pelas intervenções de sucesso com pessoas cegas.

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